A violência é combatida no empoderamento e na busca de direitos

Por Sara Brito (Centro Sabiá)

No próximo dia 12 é comemorado o Dia Nacional das Mulheres Trabalhadoras Rurais Contra a Violência no Campo. A data faz referência ao dia do assassinato de Margarida Maria Alves, sindicalista e militante dos direitos das mulheres e das trabalhadoras e trabalhadores rurais. Margarida foi vítima da violência dos líderes do agronegócio em sua região. 

Passados 31 anos da morte de Margarida, a violência contra as populações e, principalmente, contra as mulheres continua. E ela deve ser combatida radicalmente. O meio termo não vale nessa instância. “Não dá pra fazer mais ou menos em relação à violência contra as mulheres ou a opressão. Então é claro que isso provoca um movimento na sociedade dos conservadores, e é o que está acontecendo” diz Graciete Santos, coordenadora geral da Casa da Mulher do Nordeste.

Outra, do ponto de vista sociológico, considera a violência como transgressão à norma social e, desta forma, a violência é relacional, ou seja, há uma relação entre agressão e vitimização. Além disto, há a violência estrutural que apresenta as relações econômicas e sociais da sociedade como geradoras de violência estrutural. Ainda, do ponto de vista político, a violência pode ser entendida como relação de forças onde há um desequilíbrio ou abuso de poder sobre o outro que pode ser individual ou coletiva.”

A violência é caracterizada por uma relação desigual, em que um lado tem mais poder que o outro. Por isso é tão importante o empoderamento das mulheres para que elas se reconheçam donas de si próprias. Nesse sentido existe o Fórum Nacional Permanente de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres do Campo e da Floresta, instalado em 2007 pela Secretaria de Políticas para Mulheres em resposta a uma demanda histórica da Marcha das Margaridas.

Confira cartilha Via Campesina “Camponesas e camponeses da Via Campesina dizem: Basta de violência contra as mulheres”: http://www.mmcbrasil.com.br/site/materiais/cartilha_vc_sudamerica.pdf

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