Encontro Estadual possibilita troca de Experiências à serviço da Agricultura Familiar

Por Elka Macedo e Emanuela Castro – Núcleo de Comunicação da ASA PE Foto: Genilson Reis – comunicador popular do NEPS   “As mulheres e os jovens são considerados membros da família, e que não tem um papel relevante na sociedade. A gente quer se ver como sujeito político, que tem um papel fundamental na transformação desse país”. Essas foram as palavras da agricultora Elizete Maria, do Movimento da Mulher Trabalhadora Rural do Nordeste, que destacou os desafios de trabalhar com esses dois públicos ainda invisíveis na sociedade  e acesso à direitos. A primeira experiência a ser apresentada foi da ONG Casa da Mulher do Nordeste (Sertão do Pajeú) , que mostrou o trabalho realizado com mulheres produtoras na perspectiva da agroecologia e do feminismo.  Célia Souza, coordenadora do Programa Mulher e Vida Urbana da CMN, destacou os impactos do Programa Um Milhão de Cisternas na vida das mulheres, evidenciando a discussão da divisão sexual do trabalho e do valor do trabalho produtivo. Para a agricultora Vania Santos, do Grupo de Mulheres Flores do Campo, do Sertão do Pajeú, foi a partir da assessoria técnica que hoje o grupo formado por 5 mulheres conseguiu sua autonomia econômica e política. Em seguida, o SERTA apresentou sua experiência através de dois alunos, Ana Maria Simões e José Everaldo.  “Esse curso é muito importante para o jovem. Aqui a pessoa jamais volta ser a mesma, muda os hábitos alimentares, o tratamento com o outro , o olhar com a terra, é uma nova visão no campo da agroecologia. Ele trabalha a família, a igualdade de gênero e do respeito”, disse José Everaldo, mais conhecido como Mata Viva. Para Germano Barros, presidente do SERTA a instituição reforça o quanto o projeto político da educação popular tem dificuldade de dialogar com a educação formal.  “Hoje o SERTA é um exemplo de que é possível desenvolver um curso técnico profissional e formal, sem perder o projeto político pedagógico popular. É a escola a serviço da agricultura familiar”, completou. Por fim, Paulo Mansan da Pastoral da Juventude Rural, ratificou a importância do protagonismo da juventude do rural no acesso à políticas públicas na construção de uma vida digna para os jovens no campo. “Nós precisamos transformar o campo num lugar bom para se viver, com terra, água e cultura”, destacou.  Recentemente a PJR vêm discutindo sobre o Plebiscito Popular por Uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político Brasileiro, pela reforma política no país.

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