Projeto Terra de Vidas tem resultados expressivos após três anos de implementação

Projeto nasceu em uma parceria entre CAATINGA e Centro Sabiá com apoio da Cáritas Alemã

Por Ana Roberta Amorim – Angola Comunicação/CAATINGA

Uma das missões do CAATINGA é ajudar agricultoras, agricultores e comunidades a ter uma convivência produtiva e saudável com o Semiárido. Afinal, não é possível mudar a ocorrência das chuvas ou vegetação da região, mas é sim possível viver de forma tranquila e próspera nesse clima. É com esse pensamento que a organização se propõe a pensar estratégias, trabalhar com a comunidade local e implementar tecnologias que proporcionem o bem estar entre o Semiárido e as pessoas. 

O projeto Terras de Vida é uma dessas estratégias. Iniciado em 2020 numa parceria entre o CAATINGA e o Centro Sabiá, com apoio da Cáritas Alemã, o Terras de Vida enfrentou seu primeiro desafio já na sua implementação. A pandemia da Covid-19 estava assolando países do mundo e, com o Semiárido brasileiro não foi diferente. No entanto isso não impediu que o projeto fosse levado adiante. 

O principal objetivo do projeto é o estoque da água que seria desperdiçada após a utilização no banho e nas pias da cozinha e banheiro. Por meio da instalação de 450 sistemas de reuso de água (RACs) foi possível fazer a irrigação de 450 Sistemas Agroflorestais (SAFs). Também foi realizado o acompanhamento de famílias na construção de conhecimento do manejo do RAC/SAF, do qual 30 agricultoras e agricultores multiplicadores fizeram parte do processo, que terminou sendo compartilhado a outras 600 famílias. 

O projeto Terras de Vida também proporcionou discussões e debates sobre temas importantes do dia a dia dos agricultores e agricultoras que convivem com o Semiárido, como os diálogos e encontros feitos com organizações da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA/BR) sobre o saneamento ambiental. Além disso, a ASA experimentou em seus territórios o reuso de águas cinza. 

“Dentre os vários pontos positivos desse projeto, destacaria de forma especial a elevada condição que o Caatinga e o Sabiá adquiriram a respeito do debate do saneamento no Semiárido, hoje temos plenas condições de contribuir na formulação de um programa de saneamento rural para o Semiárido Brasileiro”, defende Giovanne Xenofonte, coordenador do projeto Terras de Vidas.

O projeto, que seria encerrado neste mês, teve um aditivo e vai se estender até abril de 2023 contribuindo com os processos de Convivência com o Semiárido nos sertões pernambucanos. 

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